terça-feira, 23 de março de 2010

Como planejar uma viagem de estudante para os Estados Unidos!



Planejamento sem ajuda de serviços profissionais!

Se você é estudante e está pensando em estudar nos E.U.A, mas acha que o processo para poder deixar o país é muito trabalhoso para fazer sozinho(a), ou que você precisará de pagar ajuda profissional, você está enganado(a). O processo exige algum tempo de planejamento, então é melhor que comece a economizar e se preparar para viajar. O tempo mínimo de planejamento é de 6 meses com antecedência da viagem. Mas com dedicação e tendo sempre em vista o desejo de um futuro melhor, e de "upgrade" na carreira, o processo não será tão difícil assim.

1. Tire o passaporte. De Acordo com o site da polícia federal brasileira, para requerer o passaporte são necessários documentos pessoais, que são facilmente encontrados no website mencionado abaixo. Dependendo da cidade que você se encontra, demorará mais ou menos tempo, pois é necessário marcar uma "entrevista" na polícia federal, então o quanto antes você marcar, mais cedo será atendido e poderá tirar o seu passaporte. Você encontrará mais informações no site da polícia no http://www.dpf.gov.br. Lembre-se que estudantes têm prioridade na solicitação do passaporte.

2. É necessário ter um diploma de língua Inglesa. Geralmente as universidades americanas solicitam o TOEFL (Test of English as Foreign Language)Teste para estudante internacional. Essas universidades exigem um nível intermediário para graduação(chamado de Undergraduate Program) e um nível avançado de Inglês para o curso de mestrado (Master's Degree). Então você deve se preparar para prestar esse exame que é aplicado na maioria das capitais brasileiras. Para checar mais informações consulte o site http://www.ets.org/toefl.

3. Comece a pesquisar as regiões nos E.U.A que você tenha interesse. Pegue um bom mapa americano e sublinhe as áreas que você sentirá mais comfortável. Você deve levar em consideração; a temperatura (evite o Norte do país se você não consegue viver em temperaturas abaixo de 0), localização do estado ( alguns estados são mais suscetíveis a desastres climáticos), pequenas e grandes cidades, na área rural e urbana, etc. Tente pesquisar na internet brasileiros que já moram nos E.U.A. Esta pesquisa vai ajudar você quando começar a procurar pelas universidades.

4. Pesquise as faculdades nas regiões que você se interessou. Como você vai descobrir se determinada universidade tem boa aceitação e credibilidade? Você precisará de livros dos "rankings" das universidades americanas (o que não é difícil de encontrar em qualquer site de busca da internet). Esta parte do processo vai exigir mais trabalho e pesquisa. O que o aluno também deve fazer é mandar e-mail para a universidade de interesse, pedindo informações que você achar relevante (ex, pagamento, acomodação, sistema de ensino,etc.) Dessa forma, o aluno descobrirá as faculdades que realmente se preocupam com o indivíduo e não apenas seu "valor financeiro".

5. Tire o visto de estudante. Você terá que visitar o site da Embaixada Americana no Brasil no http://www.embaixada-americana.org.br), e pagar a taxa online de R$38,00 (trinta e oito reais). Você terá que marcar a entrevista na cidade mais próxima de você. Lembre-se que no caso de remarcação da entrevista, o aluno só terá uma chance. Caso contrário, deverá pagar novamente a taxa referida. Revise todo o material solicitado, e esteja no local com pelo menos 2 horas de antecedência, pois haverá fila e o atendimento é feito por ordem de chegada dos horários marcados.

6. Faça uma lista de pelo menos 20 universidades que você pesquisou, depois restrinja à 10, logo 5 até que você decida a melhor opção. Faça sua escolha baseado nos critérios que forem mais importantes para você, como bolsas de estudos oferecidas, qualidade de ensino, localização, preço mais baixo ou mais acessível, etc. As universidades estão interessadas em alunos, então não se preocupe que assim que solicitadas, elas responderão aos e-mails. Além disso, envie e-mails com dúvidas não esclarecidas no site da universidade e outras mais que você tiver. Diga a eles que você precisa do formulário I-20 para poder solicitar seu visto de estudante, então peça esse formulário logo que seus documentos forem validados.

7. Tente conhecer a universidade o mais profundo que puder. Visite o "website" constantemente para ver as notícias e eventos. Isto também será útil quando você chegar no campus da universidade. Imprima um mapa do campus para facilitar sua locomoção quando chegar. Lembre-se tudo que puder ser feito para ajudar no preparo da viagem é necessário. Tente descobrir os métodos de ensino, geralmente por créditos, procure saber o número necessário para se formar e o número mínimo por semestre. Tente também conhecer o processo dos dormitórios ou alojamentos estudantis (chamados de dorms), a alimentação ( que tudo deverá ser incluido nos termos "room and board"). Também familiarize-se com as áreas perto do campus, tente encontrar farmácias, mercados, etc.

8. Prepare toda a documentação solicitada pela faculdade o mais rápido possível. Verifique a papelada necessária e envie o mais rápido que puder. O que as universidades geralmente solicitam; curriculum vitae, histórico escolar do ensino médio e superior (caso possua), e cartas de recomendações. Tudo deve estar trazudo para a língua Inglesa. O que você também pode fazer é traduzir o curriculum e histórico em um tradutor juramentado, no caso de você querer transferir créditos matérias da universidade no Brasil.

9. Inscreva-se em um plano de saúde. Recentemente o mundo vem se tornado alvo de doenças difíceis de se curar e epidemias. É necessário que você tenha a carteira de vacinação em dia. O aluno pesquisará a data de término das aulas ao final do semestre, e contará o número de dias que ficará no novo país, pois geralmente ficará mais barato fazer um seguro saúde mensal. E também você nunca saberá quando será necessária a visita em um hospital, por motivo qualquer que seja. O custo médio de uma consulta nos E.U.A é muito alto. A melhor forma de escolher um plano de saúde é comparar preços e tipos de coberturas do seguro. Geralmente eles variam e não existe uma escolha "certa" para esses planos de saúde, então priorize o valor ou o tipo de acidente que o plano cobre.

10. Verifique a data de início das aulas. Logo, informe pais e demais parentes a respeito dessas datas para que não exista possibilidade de esquecimento. Essas datas ajudarão o aluno a planejar o tempo que ainda existe para aproveitar o aconchego familiar. Essa data também será necessária para poder planejar e comprar a passagem aérea.

11. Verifique a forma de pagamento e data limite da mensalidade. Universidades americanas geralmente são semestrais e devem ser pagas no início dos mesmos. Logo,são muito rigorosos com relação a esses pagamentos. Não deixe para pagar perto da data limite, faça o pagamento com pelo menos 2 semanas de antecedência de início das aulas e peça recibo de comprovação de pagamento.

12. Compre a passagem aérea. Quando você descobrir a data de início das aulas, já é tempo de pesquisar e efetuar a compra das passagens. Eu digo passagens por ser mais barato comprar a ida e volta de uma só vez, e pesquisar diferentes sites e agências de viagem (pois o preço pode variar). A parte boa dessa história é que você terá disconto por ser estudante, reduzindo o valor consideravelmete. A semana de orientação na faculdade começa na segunda-feira, então você deve se programar para chegar no domingo anterior e passar a noite em um hotel próximo à faculdade. No dia seguinte, é recomendável chegar no "check-in" com algum tempo de antecedência.

13. Comece a arrumar as malas. Você deve começar a arrumar as malas com pelo menos 2 semanas de antecedência da viagem. Caso você vá ficar em uma região não parecida com a sua, ou seja, com temperaturas bem mais baixas (geralmente da região central do país até o norte), é necessário que esteja preparado(a) para as quatro estações do ano. Enfatize as roupas de inverno. A gente nunca sabe quando a temperatura pode mudar, então esteja preparado. Não carregue mais do que 2 malas pois a mobilidade nos aeroportos poderá ser dificultada com essa bagagem. Coloque na mala variaçãoes de shortes à calças de flanela, sandálias à botas, camisetas à casacos. Não se esqueça de meias e muita roupa de baixo.

14. Traga todo medicamento que você já utilize. Alguns remédios nos E.U.A, como remédios controlados, necessitam de prescrições médicas, então facilite e já traga o seu. Também ponha na bagagem remédios para dor de cabeça, cólicas, azia e queimação no estômago. Esses últimos remédios mencionados são encontrados mais facilmente em qualquer supermercado.

15. Traga a moeda americana e cartões de crédito internacionais. Mesmo levando em consideração que você não terá que gastar com comida pois geralmente estará inclusa no preço pago ("room and board"), você provavelmete terá que comprar coisas para seu quarto que você não trouxe (lençois, travesseiros,cobertores, toalhas, etc.) e também será bom se você tiver alguma comida no seu quarto. Às vezes, você também sairá para comer e se divertir e isso exigirá o uso de dinheiro...Não esqueça das "lembrancinhas" para a família.

Quando você decidir estudar fora, você logo aprenderá a importância que teve você "trabalhar" no processo de planejamento da viagem. E quando você mesmo(a) faz isso, economizará um valor considerável do seu dinheiro que poderia estar investido no pagamento da universidade. Agências e programas profissionais de auxílio de viagem cobram pelo serviço que você mesmo pode fazer com bastante economia. Eu digo isso com convicção, pois eu fui uma aluna que solicitei este tipo de serviço, e que decidi escrever para ajudar quem esteja pensando nessa possibilidade. Você verá que fazendo parte do processo já será uma alavanca para seu crescimento profissional, pois muito se aprende de normas e documentos. O esforço valerá a pena e o sentiment de orgulho prevalecerá sobre o trabalho árduo que lhe foi causado.

Então boa sorte!
Espero ter notícias de quem isso possa ter ajudado!!!

TFreitas

segunda-feira, 15 de março de 2010

Recepção calorosa!!!


Boas notícias!

Não seria incrível saber que enquanto você está planejando morar em outro país, você não vai sentir-se tão sozinho(a)? Que tem alguém esperando sua chegada e tem planejado a melhor forma de poder ajudá-lo(a)? Se você está pensando estudar nos Estados Unidos, não se sentirá tão sozinho(a) ou abandonado(a). Aqui tem pessoal treinado e que oferecerá a assistência necessária para fazê-lo(a) sentir-se em casa.

As universidades americanas têm equipe preparada para ajudar e auxiliar estudantes. Um bom exemplo dessa ajuda vem das "Resident Directors", cuja sigla é R.D. (Diretoras do alojamento ou dormitório)e também das "Resident Advisors", R.A. (Conselheiras dos Alojamentos). Elas são estudantes em tempo integral, treinadas em programas que as universidades exigem, com o propósito de ajudar os estudantes em problemas gerais, dos dormitórios, e emocionais, ausência de casa, solidão e etc. Entretanto, a responsibilidade das "R.A.s" é um pouco mais complexa. Elas são designadas para estar sempre em contato com os(a) alunos (a) e verificar o seu bem-estar. Elas tornam-se mais do que a primeira família dos(a) estudantes(a). As "R.D.s", por outro lado, cuidam mais da estrutura e funcionamento dos dormitórios.

Na faculdade que desenvolvo meu mestrado, os alunos têm a possiblidade de diminuir a mensalidade(tuition), que no caso não é mensal e sim semestral, de maneira a trabalhar para a universidade. São os chamados "work and learn" trabalhe e estude, o meu no caso é Graduate Assistant "G.A", assistente do professor de mestrado. São 150 horas semestrais para alunas que estudam integralmente e estão fazendo gradução, e no caso dos mestrandos, 300 horas semestrais.

Baseado na minha experiência morando aqui nos E.U.A e na de outros estudantes que eu tenho mantido contato, eu decidi entrevistar a "R.D" do meu dormitório Tiffany Selleck, e a "R.A" Angela Eschbacher. A ajuda que essas pessoas me ofereceram, foi de imensa influência e impacto na minha permanência nos Estados Unidos.

Pergunta: Como você definiria a atividade que exerce e também se você gosta do que faz?
Tiffany Selleck: Eu gosto. Eu realmente gosto do que faço. Entretanto, como a gente faz atividades relacionadas mais à organização e funcionamento do alojamento, como por exemplo, estabelecer os horários das "R.A.s" e das meninas que têm trabalho de "porteiras do alojamento", criar o quadro de limpeza, trainar as "R.A.s" e coisas desse tipo, as "R.A.s" ficam mais em contato com as residentes. Eu às vezes não consigo fazer parte das diversões entre elas e eu sinto falta disso. Eu amo treinar as "R.A.s" pois me lembro de quando eu era uma também, assim eu consigo ver seu desenvolvimento e evolução em meio às atividades, se tornar uma líder em qualquer coisa que elas fizerem.

Pergunta: Você consegue sentir a importância que esse tipo de trabalho tem na vida dos estudantes?
T.S: Às vezes a gente consegue ver isso. Eu falo a gente pois eu tenho uma assistente que trabalha comigo. Quando nós temos determinadas situações, problemas mais sérios como depressão, suicídio ou distúrbios alimentares, eu me comunico mais ainda com o centro de aconselhamento profissional, e eu digo " essa menina... tem apresentado esses sinais... Ela tem faltado às aulas, não tem se alimentado e coisas desse gênero. Eu digo a eles o que acontece, e o centro me diz o que o problema deve ser. E quando eu já consigo ver os progressos que a menina tem feito, é muito gratificante. Além disso, nós temos muitos estudantes internacionais aqui, metade do dormitório é composto por estudantes internacionais. Quando eles chegam aqui pela primeira vez, se comunicam com dificuldade, estão sozinhos e amedrontados, então nós ajudamos e fazemos nosso trabalho.

Pergunta: O que você pode nos dizer sobre seu trabalho como "R.A" (conselheira de alojamentos)?
Angela Eschacher: Eu gosto muito do que faço, gosto de conhecer as meninas e ajudar a fazer com que o dormitório seja bastante acolhedor. Eu me sinto mais próxima com as meninas que me procuram mais, e não consigo fazer muito pelas que não me procuram, entretanto, eu tento "arrebanhar" todas como posso. Eu definitivamente me importo com o que acontece aqui, especialmente o andar que eu moro pelo qual sou responsável. Me preocupo com as meninas e se elas estão relacionando com as meninas dos outros quartos do andar. De fato, a maioria das meninas do meu andar e eu andamos e saímos sempre, ou pelo menos conversamos todo dia.

Após a entrevista e depois de vir analisando o trabalho que elas desenvolvem, pude confirmar o quão árduo e gratificante esse trabalho deve ser. O trabalho exige treinamento e a pessoa deve preencher os critérios estabelecidos pela universidade. Contudo, eu acredito que o que elas oferecem e se propõem a fazer, a ajuda necessária, são tarefas que não têm preço.

TFreitas

quinta-feira, 11 de março de 2010

Saudações de St. Charles!


Boa Tarde Pessoal!!!

Resolvi criar a versão em português do blog que eu escrevo aqui nos E.U.A. Escrever é minha paixão, por isso resolvi fazer meu mestrado, com ênfase em jornalismo, nesse país que eu sempre admirei.

Esta é a minha sétima semana em St. Charles, MO desde a pausa para as festas de final de ano, e meu segundo semestre nos Estados Unidos. Eu realmente estou começando a curtir a vida por aqui, estudar e morar fora tem se transformado em algo incrível pra mim.

Primeiramente, consegui meu quarto individual, o que parece pouco mas é incrível. Já dividi quarto e, de vez em quando, as diferenças atrapalham a convivência. Agora que eu tenho meu espaço, e minha individualidade está restaurada, me sinto mais segura e confiante. Não que eu não curtia a minha "roommate", o que no caso era muito companheira, mas sempre é bom colocar suas coisinhas da forma como quer, e não ter que se preocupar com o que vão pensar e dizer. Meu alojamento ou dormitório estudantil é muito acolhedor, bom as americanas que vivem aqui realmente me surpreenderam de forma muito positiva. Estou situada no meio do campus, ou seja, pertinho de tudo e de todos. Vou a pé de um lugar para outro, como minha cidade é bem pequena, transporte público é lenda. A maioria dos alunos aqui têm seu próprio carro, em geral usado,o que é muito barato comparado aos carros brasileiros.

Outro fator importante é que estou mais confiante e "ajustada" à nova língua. Você consegue perceber isso depois que diminui os gestos e mímicas, UMMMMMs... e UMMMMMMs quando se comunica com as pessoas. Meu Inglês tem mostrado sinais de melhora e com menos sotaque. Estou chegando num ponto que esqueço que tenho outro idioma, e constantemente intercalo um "inglezinho" no meio de minhas conversas com amigos brasileiros. E quando o sistema é reverso, que insiro um "portuguezinho" na conversa, me desculpo e pergunto a melhor forma de se dizer tal termo. Eu estou aprendendo a lidar com o medo e a vergonha, pois o objetivo maior aqui é aprender.

Finalmente, eu estou mais adapatada a este estilo de vida e cultura; morando longe de casa, família, namorado e amigos. Antes de vir, esse foi um fator que me assustava terrívelmente. Não me imaginava sozinha, pois sou muito "família e caseira". E foi com algum sofrimento, apoio de todas as partes e, mais do que tudo, em Deus e na minha religião, que eu estou conseguindo vencer essa batalha. Eu preciso pensar no que esse passo na minha vida pode me trazer no futuro. Já dizia o poeta Fernando Pessoa "Tudo vale a pena se a alma não é pequena" e eu sei que vai valer. Além do mais, o sofrimento que eu tenho é diminuído com a ajuda da querida internet e de alguns programinhas de conversação, que me permitem manter o contato diário com meus familiares e namorado. Computador + Internet= Contato físico com a família sem as mãos.

Entretanto, nem tudo são flores. Eu continuo na batalha diária com a comida americana. Bom, na verdade, eu não chamaria "fast food" de comida. Contudo, é o que se serve na cafeteria da faculdade. E antes que digam que eu como em um lugar que serve café, o que não é o caso, cafeteria é o nome do restaurante estudantil. Cada refeição aqui eu amo mais e mais a comida da minha mãe. Aqui na cafeteria da faculdade é preciso usar de muita creatividade e intercalar as "tantas" opções que temos. Depois do primeiro semestre, que a novidade alimentícia ja passou, começa a ficar difícil de variar o cardápio. Com sinceridade, eu já nem me incomodo mais, pois a correria entre as aulas faz com que a gente coma ainda mais rápido, e nem repare no alimento digerido.

A solução é manter-se focada no alvo: APRENDIZAGEM!!! Estudar aqui foi uma opção que eu escolhi e agora faz parte da minha vida. Em um ano estarei com meu diploma nas mãos, se Deus quiser!!!

CARPE DIEM

Volto em breve...
TFreitas